14/06/2011


Avistas-me ao longe, aproximaste, lanças um sorriso que eu ignoro, nem sabes o que me acontece por dentro. Veneno que se dispersa quando te observa, obriga me a desistir de cada gesto ou palavra. A noite expande-se, estava descontrolada, com sentidos dispersos, razão morta, coração mais aberto que nunca. O veneno deixou de actuar, fui pelo o vento viajar e deixei-o guiar até ti. Arranquei todo o amor que existia em ti, para conseguir acreditar que não era apenas a Mariana, aquela que usas quando te apetece. Beijei-te como nunca beijei, agarrei-me a ti como nunca agarrei. Para ti foi apenas um momento, para mim foi tudo para uma despedida fútil.
Lembraste do que um dia me perguntaste:

- Já sentes as construções no teu coração?

-Que construções?

- Quero um espaço bem grande dentro do teu coração.

Felicito-te, porque conseguiste e neste ápice destruir tudo é maligno não vou aguentar mais uma mágoa destas. Agora tento perceber que te vou perder, tentar deixar te perdido pelo coração para não te agarrar novamente. Vai e segue nunca olhes para trás, porque se um dia olhares eu já não vou estar lá sentada á beira-mar a tua espera, estará apenas o meu perfume e as boas memórias que fizemos e permaneceram naquele lugar.

A palavra adeus vai ser eterna, a corda que se ligava a ti vai quebrar e a única palavra que vai existir em nós é saudade. Adeus meu querido menino!

7 comentários:

Obrigada pelo teu comentário! As críticas fazem-me crescer e os elogios não me sobem o ego, simplesmente me fazem continuar a escrever ainda mais :)